A CRUZ
A cada vez que em seus passos, Jesus nosso Senhor, tocou com os pés a poeira do chão, o universo dobrou-se sobre si mesmo e dessa contorção cósmica a realidade fez-se em flor. Até o gesto aparentemente mais gratuito de Jesus, teria o poder de varrer do mundo todas teogonias já proferidas, pois, se há alguma semente de verdade nas tradições anteriores ao cristianismo, é evidente que todas elas estão curvadas à Verdade mesma que é Cristo. E por conta desse fato, nas narrativas que nos chegaram da vida do Salvador, encontramos uma estonteante coerência simbólica, solenemente amarrada por um forte nó entre a verdade e a beleza. Exemplo disso é a cruz:
"Pela cruz Cristo nos remiu do primeiro pecado e suas consequências. Nossos primeiros pais pecaram ao comer o fruto da árvore proibida. De uma árvore viva, livremente escolheram o fruto que por instantes, apetecera os seus sentidos, mas, sentenciou-os com a morte. Do madeiro da cruz, de uma árvore morta, Jesus Cristo foi alçado e expirou. Suspenso naquele madeiro, adornado pelo sangue santo que vertia do seu martírio, fez-se alimento, o fruto que ainda hoje nos oferece a vida".
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