segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

A virgem no meu coração I

 Quase completamente afundado no lamaçal, frente ao celestial templo de toda a Salvação, tentei limpar-me. Era maior do que eu aquela sujeira antiga da qual o eu não sabe o que é não saber. Aquela sujeira antiga, da origem do maior erro. "Sou um imundo que nada mereço", lembrei-me. Nada no universo, moveu um centímetro para me contradizer. Precisava do Pão, e de joelhos enterrados na terra, roguei misericórdia na frente do tempo. E misericordiosamente uma mão de ouro-solar apresentou-me na hóstia o Salvador. Baixei os olhos por saber de minha própria indignidade e roguei à Santíssima Virgem, que morasse em meu coração para que assim, dignamente eu pudesse receber seu Filho. E pela plena humildade de seu ser luminosíssimo, assim como atendeu ao pedido do Pai, assim como atendeu ao pedido de S. Isabel, humildíssima atendeu a meu pedido, deixando tudo para trás e na sua excelência, atender o mais miserável de seus filhos. E, numa harmonia quase perfeita, não fosse minha presença desgraçada, a Virgem fez de meu coração um lugar digno para que acolhesse seu Filho nosso Senhor, em seus braços maternais.  

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