Sulco:
Trabalho
508 - O Senhor tem o direito - e cada um de nós a obrigação - de que O glorifiquemos "em todos os instantes". Portanto, se desperdiçarmos o tempo, roubamos glória a Deus.
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508 - O Senhor tem o direito - e cada um de nós a obrigação - de que O glorifiquemos "em todos os instantes". Portanto, se desperdiçarmos o tempo, roubamos glória a Deus.
A vida inteira, que é sempre uma vida em parte, que nunca é sempre em verdade e nem verdade quase sempre... bem, passei à espera de alguém. Já nem sei se era alguém e tampouco posso asseverar que era algo a que esperava. Maduro, crescido no pêndulo das lágrimas que hora riem, hora choram, creio que esse esperar, fora o desfrute alienado de uma presença em ato ausente.
O fato é que a repetição tende a aperfeiçoar as coisas. Mas por quê? A razão que encontrei foi a de que este fato é um dos muitos exemplos das digitais de Deus em sua criação. No presente caso, e agora me parece óbvio, o aperfeiçoamento advindo da repetição, tão comum em quase tudo, é uma marca da perfeição divina em sua obra. Vejamos com um pouco mais de atenção o que é a repetição. Ela é a tentativa de fazer com que algo finito, perdure em sua finitude. E quando assim fazemos, o resultado que temos nas coisas submetidas à repetição é seu aperfeiçoamento. A repetição é na realidade das coisas finitas, aquilo o que mais lhes aproxima da infinitude. Por isto, quando aplicada em favor da natureza própria de cada coisa, torna-lhe mais próxima de sua perfeição. Por fim na repetição que favorece o rumo natural de cada coisa imperfeita e finita, encontramos o gosto da perfeição e infinitude das coisas que nos aguardam.
O meu maior medo é que após a morte, não encontre nada além do escuro que tinge as costas de minhas pálpebras. Que nada além haja no além. Que esse amor todo que por vezes parece vir de tudo, seja só delírio. Que delírio é esse? Que tamanha loucura de um abismo em convulsão que culmina num botão de rosa? Como pode não haver Deus? A razão nos leva até o conhecimento de sua realidade. Mas o intelecto é frágil. Deus nos quer pequenos. Deus nos quer com a cara no chão sentindo o sal de nossas lágrimas.
e quando toda racionalidade, toda beleza e tudo quanto nos entra pelos sentidos ou nos sai pela inteligência, não importar mais, só sobrará um mísero corpo sem nada, carregado por algo inexplicável, sem nada poder ver, ouvir ou sentir, e de boca aberta como um passarinho cego esperando alimento, uma mão do céu nos dará o pão.
O melhor de mim eu não sei, e surge sempre emergido dos esconderijos de meu coração, de maneira tímida e fortuita, como criança que achando fazer nada, num ato de carinho impensado salva o mundo inteiro. O melhor de mim é tão pouco, que mal começa já parece acabar. É tão pequeno o melhor de mim, que é preciso abaixar-se para percebê-lo. O melhor de mim é como uma criança pequenina, um grande tesouro pequeno. É preciso dar liberdade para o melhor de mim, deixá-lo correr de mim, e vê-lo fazer o que sempre faz, correndo ir abraçar o melhor do outro.
Quase completamente afundado no lamaçal, frente ao celestial templo de toda a Salvação, tentei limpar-me. Era maior do que eu aquela sujeira antiga da qual o eu não sabe o que é não saber. Aquela sujeira antiga, da origem do maior erro. "Sou um imundo que nada mereço", lembrei-me. Nada no universo, moveu um centímetro para me contradizer. Precisava do Pão, e de joelhos enterrados na terra, roguei misericórdia na frente do tempo. E misericordiosamente uma mão de ouro-solar apresentou-me na hóstia o Salvador. Baixei os olhos por saber de minha própria indignidade e roguei à Santíssima Virgem, que morasse em meu coração para que assim, dignamente eu pudesse receber seu Filho. E pela plena humildade de seu ser luminosíssimo, assim como atendeu ao pedido do Pai, assim como atendeu ao pedido de S. Isabel, humildíssima atendeu a meu pedido, deixando tudo para trás e na sua excelência, atender o mais miserável de seus filhos. E, numa harmonia quase perfeita, não fosse minha presença desgraçada, a Virgem fez de meu coração um lugar digno para que acolhesse seu Filho nosso Senhor, em seus braços maternais.
Tantas coisas se revelam nos esconderijos das obviedades, basta-nos apenas exigir silêncio à gritaria de inutilidades que reveste como couraça aquilo o que há de admirável no real. No caso presente o admirável é impróprio, falarei de algo espantoso. Uma questão, uma simples questão que faz com que um arranha-céu com alicerces cravados no inferno, erigido para sustentar argumentos em defesa da morte de bebês, seja implodido. A questão é: Por que nos procedimentos médicos do aborto, mata-se a criança no útero de sua mãe, quando pelo o que parece seria possível matá-la fora? Nesse caso, o local do delito não faria diferença alguma à perfeita conclusão do crime. A resposta talvez a esse mistério seja simples, óbvia: matar um bebê, sem escutá-lo gritar deve ser mais fácil. Por isso, fazem tudo ali, no ventre da mulher; estraçalham membro a membro, matam envenenado, morte que pode levar até 48h. Vocês sabem, é proibido eutanásia em animais com a mesma solução salina com que é permitido que se mate bebês no útero de suas mães. Sabe por quê? Porque causa muito sofrimento aos animais.
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